terça-feira, 1 de abril de 2008

ENTREVISTA AO COMBAT NOISE - BRUTAL WAR DEATH METAL - LA HABANA/CUBA



Em Português:

De tempos em tempos nos vêm à mente todos os grandes guerreiros que já passaram e dos que existem até hoje e os que estão vindo seriamente para tornar nossa cena mais e mais forte, desde o começo até os dias de hoje e por todo o futuro. Essa é a situação da banda Combat Noise, que nos fala sobre a sua cena e seu país e sobre o sentimento e honestidade que têm na hora de compor seus ataques de guerra! Conheça essa banda cubana que saiu na mais recente compilação nacional “Fortaleza Metal Vol. IV”. Entrevistamos o vocalista Juan Carlos e vejam o que ele nos diz à respeito do Metal!!

01 – Saudações Combat Noise! Em primeiro lugar, obrigado pelo tempo nos cedido para esta entrevista! Diga-nos como surgiu a idéia e quando foi formada a banda.
JC - Antes de começar, em nome de todas as bandas extremas da ilha (Cuba), quero saudar às hordas brutais e obscuras do Brasil. Outra coisa, se virem que minhas respostas vão um pouco à frente da pergunta, é porque quero que todos os leitores daí entendam melhor o contexto em que é movido nossa banda. Bem, a idéia de formar o Combat Noise surgiu a redores de 1994, mas não foi até Agosto de 1996, quando fizemos nosso primeiro Show. Formar uma banda de Metal em Cuba é muito difícil, mantê-la é mais difícil ainda, mas naquela época os sacrifícios eram maiores porque o campo socialista acabava de entrar em colapso e Cuba, país pequeno, pobre e bloqueado pelos “fuckin’” EUA, ficou só e sem mercados para seguir adiante com sua economia. A situação era muito difícil e se a isso somarmos que ao Estado só interessava promover a Salsa e a Rumba na cultura nacional, já podes imaginar o quão difícil era conseguir uma guitarra decente, cordas, pratos pra bateria, amplificadores, etc. Mas assim é o underground, só para verdadeiros guerreiros.

02 – Como em várias bandas vocês também tiveram mudanças em sua formação. Diga-nos quais foram essas mudanças e o que acrescentaram à banda. Acreditam que está melhor assim?
JC - Da primeira formação só ficamos três integrantes: Colo na guitarra, Alejandro na bateria e eu ,JC, nos vocais. Faz quatro anos entrou La China na outra guitarra e Randy no baixo. Agora é mais fácil, relativamente, e ainda que continuemos batalhando com muita dificuldade para sobreviver como banda, achamos que estamos num bom momento, talvez o melhor. O Estado agora apóia mais e faz alguns meses se criou a Agência de Rock e Metal de Cuba, uma organização que divulga nossa cena e dá a possibilidade das bandas cobrarem por seu trabalho. Sei que lhes parecerá estranho, mas até muito pouco tempo atrás as bandas como o Combat Noise, que vendiam centenas de ingressos por Show não tinham o direito de cobrar por suas apresentações e se tocava por puro coração. Agora temos podido comprar boas guitarras e melhoramos muito o som, ainda que certamente, não vivemos da música.

03 – Quem escreve as letras e qual é a temática e de onde vem a inspiração na hora de compor?
JC - As letras as faço eu. A temática é fundamentalmente bélica e a inspiração vem dos conflitos internacionais deste tipo que vêm se dado e se dão à partir da Segunda Guerra Mundial: Guerra do Vietnam, de Angola (Onde Cuba perdeu seus melhores filhos contra o regime racista do Apartheid), na Bósnia, no Afeganistão, etc. A Combat Noise trata de mostrar com sua letra e música os horrores da guerra, os verdadeiros motivos que as causam e as terríveis conseqüências para o povo que as sofre. Também ilustramos a psicologia do soldado em combate, seu valor, suas dúvidas e medos em situações extremas. Tratamos de mostrar os povos do ocidente o por quê dos países chamados “terroristas” não fazem mais que responder ao genocídio ao que estão submetidos por países imperialistas como os EUA ou Israel. Apoiamos a Jihad Satânico-Islâmica contra o cristianismo e a resistência armada dos povos árabes. Chamamos a atenção sobre o fascismo na Alemanha de Hitler e de como essas tendências, de seguir tomando força na Europa, podem levar o mundo a um novo e final Holocausto. Cuba sempre esteve em perigo de invasão por parte dos EUA e nós prontos para dar o passo à frente, ainda que devemos a perder. Apesar disso, gostamos de ler matérias e novelas de guerra, nos encantam os filmes e seriados bélicos, ver o sangue correndo, escutar a linguagem das armas, o estalar das bombas...... hahahaha, assim somos alguns homens e mulheres, de mórbidos e doentios.

04 – Quais são suas influências sonoras? Que tipo de som fazem?
JC - Escutamos muita música. Colo e Eu somos Bangers desde os 12 ou 13 anos, saímos juntos desde esses tempos. Passamos toda a época do Thrash na que Slayer, Sepultura, Kreator, Sodom, etc. eram nossos ídolos. Agora seguimos ouvindo lendas vivas como Cannibal Corpse, Morbid Angel ou Napalm Death, mas também outras grandes que tem surgido nesses tempos como Vader, Behemoth ou Belphegor. Também gostamos de Black Metal Extremo: Marduk, Emperor, Dark Funeral... o que lhe dizer há tantas bandas boas no mundo. Na realidade escutamos tudo o que seja Metal obscuro, brutal e verdadeiro, bandas underground como Avulsed, Vomitory, Disgorge, Flesh Grind, etc. Tratamos de não copiar a ninguém quanto ao som, de ser nós mesmos, mas na realidade o que nos interessa é compor o que sentimos e tocar frente à nossos seguidores. Não estamos pensando se soamos como essa ou aquela banda, o importante para nós é conseguir o melhor som possível em cada atuação ou gravação e dar tudo de nós no Show. Pro Combat Noise, música e letras são importantes, mas estas numa banda têm de ir juntas com uma atitude visível tanto acima como abaixo do palco. Para nós a banda é uma arma de luta e resistência frente à nosso inimigos e a sociedade que nos exclui.

05 – A banda já tocou em importantes festivais cubanos. Diga-nos, em todos esses anos, qual foi a melhor apresentação e contem como foi.
JC - Em cada província, salvo alguma rara exceção, há um festival Metálico anual de quatro ou três noites, o que propicia que este tipo de eventos se dê uma vez ao mês em todo o país. Combat Noise participa em muitos deles. Temos tocado em vários Shows nas quais ficamos satisfeitos, outras foram um desastre... pelo som, ou por bebedeira, sobretudo no começo. Lembro de uma vez em que fomos tocar numa província do interior do país. O ônibus nos buscou tarde e chegamos na cidade bem no começo da noite. Era chegar e ir direto pro palco, mas pensamos que a esta hora o público já deveria ter ido embora e estávamos todos tristes, quando o ônibus dobrou a esquina e a rua estava cheia até onde dava vista. “Uau! Este sim é um público fiel! Hehehehe, mas que decepção quando nos demos por si que era semana de Carnaval, a festa era por toda a rua e aquela multidão nem sabia quem éramos. Depois se deu o Show, em um lugar pequeno, com um som horrível, mas os trinta Bangers que ali estavam diziam em coro e com os punhos ao alto: “Combat Noise! Combat Noise!” e aquilo foi o máximo para nós, que como sempre demos o máximo no palco. Depois fomos a beber com os colegas. Noites como essas são as que nos fazem vibrar o coração. Para nós todo sacrifício se faz pequeno quando há um público que reconhece nosso trabalho.

06 – A banda já tocou fora de Cuba? Diga como foi. Sei que para uma banda sair de Cuba é um tanto difícil, não?
JC - Não, a banda não saiu para tocar fora de Cuba. Mas há algo para contar: Em 1998 chegaram à ilha três finlandeses da escola de Cinema e Televisão de Turku, que estavam procurando bandas de música alternativa para fazer um documentário. Escolheram cinco bandas (a única de Metal era a nossa) e todas exigiram dinheiro pelo trabalho. Os finlandeses explicaram que eram estudantes, que podiam pagar algo de seus bolsos, mas não a quantidade que pedia cada banda. Nós lhes dissemos que não teriam que nos pagar nada, que o faríamos por uma cópia do trabalho, que assim, por conseqüência, praticávamos o inglês... e assim foi. Ao final, os finlandeses fizeram um documentário só com o Combat Noise e o intitularam com o nome de uma das músicas da banda “Come from Underground”. Uns meses depois convidaram Colo e eu à Finlândia. Ali nos conseguiram entrevistas na rádio de Helsinki, e que gravássemos o single “Soldiers Must Like to Kill”. Também, como não lembrar, foi a primeira vez que vimos ao vivo bandas não-cubanas de Metal: Impaled Nazarene, Gorgoroth, Children of Bodom, Barathrum, Covenant, etc. Mesmo assim, como vedes, Colo e eu estamos entre os três ou quatro Bangers que vivem em Cuba, e que tivemos a fortuna de sair, ver e voltar. Mas essas oportunidades não se dão muito. Nós cubanos não temos dinheiro para pagar um bilhete de avião, menos para depois pagar hotel, comida e transporte. Em nosso país não circula o dólar e os salários mais altos equivalem a 20 ou 25 dólares por mês. Não é que o Estado nega os vistos, são as embaixadas dos países que nos tratam como possíveis emigrantes, ademais que nossos amigos no exterior não são milionários hehehehe, pelo que não podem convidar a banda sob essas condições. Por isso as bandas cubanas se concentram em tocar e fazer Demos para mover-nos no underground nacional.

07 – Com relação a bandas, festivais, estúdios, equipamentos, meios de divulgação, enfim... Fale-nos osbre a cena de sua cidade e país. Quando começou a se fortalecer uma verdadeira cena aí e como era?
JC - A finais dos anos 80 surgiu um lugar na capital que se chamou “El pátio de Maria” e que se converteu no primeiro bastião Metálico da ilha. Sua diretora, María Gattorno, defendeu esse espaço até que o estado o fechasse em Agosto de 2003. Mentes fechadas e conservadoras se preocuparam ao ver centenas de Headbangers de preto e cabelos grandes nas noites de quinta a domingo. Aquele foi um duro golpe para a cena, pois cada banda que se desse ao respeito teria que ao menos dar um Show naquele lugar, que era uma espécie de Meca para o Metal na ilha. María era como a mãe de todos nós... No lugar ensaiavam sete bandas e haviam dois palcos: Um fechado com capacidade para 200 pessoas e um ao ar livre para 700. Em todas as províncias há uma Associação de músicos aficionados que patrocina o estado (AHS) e aí a pressão que nós Bangers fizemos foi tão forte e tão lúcida que conseguimos, depois de várias entrevistas com o Ministro da Cultura (que foi Rocker em sua época e ainda tem o cabelo grande) a criação da “Agência cubana de Rock e Metal” à que me refiria. A Agência tem um tremendo módulo de áudio com seus técnicos, bons monitores, luzes, etc.. e todos seus trabalhadores cobram um salário e são Bangers. A instituição tem uma revista à cores que já está sendo editada, com uma boa tiragem que vai ser vendida a um preço acessível por todo o país. Agora se batalha para que nos dêem um estúdio e acesso à Internet. Este último em Cuba está muito limitado – Devido ao bloqueio Yankee, o preço da conexão por satélite é quase dez vezes maior que para qualquer outro país, por isso Cuba tem que priorizar outros setores como a saúde, a educação, etc. Enquanto isso, as gravações são feitas em estúdios caseiros e não saem com qualidade para competir a nível internacional. Na ilha não há lojas para adquirir Camisas, Cd’s ou Dvd’d de Metal ou Rock n’ Roll. A música do exterior que é que cai em Havana, por amizades ou estrangeiro que visitam a ilha, as levamos às províncias para dá-las a nossos contatos e recolher ali o que eles têm. Cada contato se encarrega de dissemina-las em suas respectivas províncias ou municípios. É a única forma de mantermos semi-atualizados. Não há forma de fazer as camisas de forma independente e que tenham qualidade, por isso todos são importados e vendidos no mercado negroe custam um equivalente a 10 ou 15 dólares, assim que imagine como tem de se trabalahr para comprar uma. Com respeito à quantidade de bandas, tenho a opinião de que tem crescido quantitativa e qualitativamente com respeito à década de 90, mas há outros que dizem que não. Claro, o que passa é que as bandas de Rock Alternativo, Punk, Hardcore, Progressivo, etc. têm diminuído em comparação ao crescimento das bandas de Metal que estão bem representadas em quase todas as suas vertentes.

08 – Vocês lançaram até o momento 8 Demos, sendo uma delas “After he War...The Wrath Continues” lançado pelo selo mexicano American Line Prod. e agora sei que estão gravando seu novo trabalho, que deverá sair nessa primeira metade de 2008. Diga-nos qual é o trabalho que vocês mais apreciam e fale-nos de cada um. Como os brasileiros podem conseguir e se podem conseguir tais materiais.
JC - O “After the War...” é uma compilação de músicas dos primeiros Demos, que regravamos e Joel Morales da American Line Productions vai lançar esse ano. http://www.alprods.net
http://www.myspace.com/americanlineprods

AMERICAN RADIO:
http://www.alprods.net/radio.htm

O CD já deveria ter saído, mas nosso amigo tem também outros compromissos atrasados. Joel tem nos ajudado muito e temos confiança nele, assim que não nos desesperamos.

09 – Quais são as bandas brasileiras que conhecem e quais as que mais aprecias e apóias?
JC - Na realidade conhecemos muito pouco da cena brasileira, só os arqui-conhecidos Sepultura, Angra, Ratos de Porão... e bom, a que mais apoiamos é o Krisiun. Essa banda é do caralho!

10 – Sei que saíram em uma compilação brasileira, lançada pela Anaites Distro, do nordeste de meu país. Diga como está sendo a repercussão dessa compilação em Cuba e como os fans estão aceitando a notícia.
JC - Primeiro de tudo, dê nosso Obrigado a Hioderman Nunes Freitas por sua generosidade para conosco. Esperamos um dia ter o prazer de conhece-lo pessoalmente e apertar sua mão. Sabemos que a cena Metal da ilha é completamente desconhecida no exterior e os colegas de fora se surpreendem quando chegam de turistas na ilha e topam com um de nós pelas ruas de Havana, depois vão a um Show e não conseguem acreditar. Todos acham que Cuba é só “Mulatas, Salsa, Tabaco e Rum”, bom, algo parecido passava com o Brasil pro mundo antes do Sepultura lançar o “Beneath the Remains”. Como você deve ter notado, não conhecemos muito da cena brasileira. Por isso penso que a compilação “Fortaleza Metal Vol. IV” tem uma tremenda importância para o underground de nossa ilha. Em muito pouco tempo a cena nacional, ao menos, saberá da existência de bandas brasileiras como Anax, Brutal Morticinio, Finitude, Tumullus, Efeito Nocivo, Katastrofy, Pompeia, Pubianus, Skull and Bones, Dark’s War, Amazonia, Lamina Rails e Sonata Soturna. Por enquanto, hoje (19 de Março) ainda não recebemos nenhuma cópia da compilação, pela qual desejamos escutar, e repartir entre nossos amigos e seguidores.

11 – Como é para uma banda tocar dentro de Cuba? Há muita discriminação ou as pessoas apóiam? Acredito que haja um bom apoio, como na TV e programas de rádio, realmente é assim?
JC - Atualmente o centro da capital (Onde nós vivemos) há Shows de Metal de quinta a domingo em lugares com capacidade que vai das 500 a 2000 pessoas, dependendo do lugar onde se toque. Às vezes enchem, às vezes não, dependendo das bandas que toquem. Há vários programas de rádio que apóiam a cena e um na TV que se chama “Cuerda Viva”. Este último passa todos os domingos de 6 às 7 da noite e nele é promocionado a cena underground cubana, o mesmo de Hip-Hop, Trova, Jazz ou Metal. Em cada programa aparecem 3 bandas, cada uma com suas ou três músicas, mais entrevistas. Também põem um vídeo internacional onde o mesmo sai Pantera, Deicide ou Evanescence.

12 – Quais bandas cubanas que poderiam recomendar aos brasileiros?
JC - As que mais gosto são: Congregation (Death Metal), Grinder Carnage (Death Grind), Teufel (Melodic Death and Gothic Metal), Ancestor (Extreme Black Metal), Jeffrey Dahmer (Brutal Death Gore), Unlight Domain (Extreme Black Metal), Demencia (Brutal Death), Mortuory (Porno Gore Grind), Mephisto (Black Metal), Tragedy (Epic Death Metal) e mais…

13 – Conte-nos os futuros planos da banda. O que pensas para o futuro?
JC - Agora mesmo estamos gravando o CD “Frontline Offensive Force” para o selo francês radicado em Cuba Brutal Beatdown Records e que tem 10 novos temas de puro Death/Grind de Guerra! Terminando a gravação, vamos fazer um videoclipe para a televisão, com o tema “Immolation Command”. Este vai ser produzido e dirigido por Roberto Chile e Bilko Cuervo, dois laureados produtores cubanos. Por outro lado, já estamos confirmados para vários festivais nacionais e em processo de criar nosso próprio festival (Patrocinado pela Agência de Rock e Metal) que tentativamente terá o título de “Zona de Combate 666”.

14 – Obrigado a vocês, Combat Noise, pelo tempo cedido a essa entrevista. Agora o espaço é de vocês para seus comentários aos leitores brasileiros e algo mais que desejem acrescentar. Hail Metal Cubano!!
JC - Bem, estamos muito contentes de ter entrado em contato com a cena brasileira. Joel da American Line Prods. me comentou que possivelmente é a cena mais forte da América Latina na atualidade. A todos que queiram nos escrever, ainda que seja para mandar saudações, pode fazer em nossa página no Myspace, ou a noiseofcombat@gmail.com . Também a quem deseje conhecer mais sobre a cena nacional podem conectar-se com www.cuba-metal.com . Nosso Site é www.combatnoise.co.nr . Obrigado a ti, meu irmão. Já sabes que és bem-vindo a CUBA!!!!!

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
En Español:

01 - Saludos Combat Noise! En primer lugar, gracias por el tiempo cedido a nosotros para esa entrevista. Díganos como surgió la idea y cuando fue formada la banda.
JC -Antes de comenzar, en nombre de todas las bandas extremas de La Isla, quiero saludar a las hordas brutales y oscuras del Brasil. Otra cosa, si ves que mis repuestas se van un poco de la pregunta, es porque quiero que los lectores de allá entiendan mejor el contexto en el que se mueve nuestra banda. Bien, la idea de hacer Combat Noise surgió alrededor de 1994, pero no fue hasta Agosto de 1996 que dimos nuestro primer concierto. Hacer una banda de metal en Cuba es muy difícil, mantenerla es más difícil aún, pero en aquella época los sacrificios eran más grandes porque acababa de colapsar el campo socialista y Cuba, país pequeño, pobre y bloqueado por los fucking USA, quedó sola y sin mercados para sacar adelante su economía. La situación era muy difícil y si a esto le sumamos que al Estado solo le interesaba promover la salsa y la rumba en la cultura nacional, ya puedes imaginar lo duro que era conseguir una guitarra decente, cuerdas, platos para el drums, amplificadores, etc. Pero así es el underground, solo para verdaderos guerreros.

02 – Como en varias agrupaciones uds también tuvieron cambios en su alienación. Díganos cuáles fueron los cambios y lo que han acrecentado a la banda. Creen que está mejor así?
JC -De la primera alineación solo quedamos tres integrantes: Colo en la guitarra, Alejandro en el Drums y yo, JC, en la voz. Hace cuatro años entró la China en la otra guitarra y Randy en el bajo. Ahora es más fácil, relativamente, y aunque seguimos peleando muy duro para sobrevivir como banda, pensamos que estamos en un buen momento, quizás el mejor. El Estado ahora apoya más y hace unos meses se creó la Agencia de Rock y Metal de Cuba, un organismo que promociona nuestra escena y da la posibilidad de cobrar a las bandas por su trabajo. Sé que les parecerá extraño, pero hasta hace muy poco las bandas como Combat Noise, que vendían cientos de boletos por concierto, no tenían el “derecho” de cobrar por sus presentaciones y se tocaba por puro corazón. Ahora hemos podido comprar buenas guitarras y hemos mejorado mucho el sonido, aunque por supuesto, no vivimos de la música.

03 – Quién escribe las líricas y cual es la temática y donde viene la inspiración a la hora de componer?
JC -Las letras las hago yo. La temática es fundamentalmente bélica y la inspiración viene de los diferentes conflictos internacionales de este tipo que se han dado y se dan a partir de la Segunda Guerra Mundial: guerra de Viet Nam, de Angola (donde Cuba perdió a sus mejores hijos en contra del régimen rascista del Apartheid), en Bosnia, en Afganistán, Irak, etc. Combat Noise trata de mostrar con su letra y música los horrores de la guerra, los verdaderos motivos que las causan y las terribles consecuencias para los pueblos que las sufren. También ilustramos la psicología del soldado en combate, su valor, sus dudas y miedos en situaciones extremas. Tratamos de mostrarle a los pueblos de occidente el por qué los países llamados “terroristas”, no hacen más que responder al genocidio al que están sometidos por países imperialistas como USA o Israel. Apoyamos la Jihad satánico-islámica en contra del cristianismo y la resistencia armada de los pueblos árabes. Llamamos la atención sobre el fascismo en la Alemania de Hitler y de cómo estas tendencias, de seguir tomando fuerza en Europa, pueden llevar al mundo a un nuevo y final Holocausto. Cuba siempre ha estado en peligro de invasión por parte de los USA y nosotros listos para dar el paso al frente, aunque llevemos las de perder. A pesar de eso, nos gusta leer material y novelas de guerra, nos encantan los filmes y seriales bélicos, ver la sangre corriendo, escuchar el lenguaje de las armas, el estallar de las bombas… Jjejeje, así somos algunos hombres y mujeres de morbosos y enfermos.

04 – Cuáles son tus influencias sonoras? Que sonido tratan de hacer?
JC - Escuchamos múcha música. El Colo y yo somos metaleros desde los 12 o 13 años, salimos juntos desde esos tiempos. Pasamos toda la época del thrash en la que Slayer, Sepultura, Kreator, Sodom, etc eran nuestros ídolos. Ahora seguimos escuchando leyendas vivas como Cannibal Corpse, Morbid Angel o Napalm Death, pero también otras que se han hecho grandes en estos últimos tiempos como Vader, Behemoth o Belphegor. El Black extremo también nos gusta: Marduk, Emperor, Dark Funeral… que decirte, hay tantas bandas buenas en el mundo. En realidad escuchamos todo lo que sea metal oscuro, brutal y verdadero, bandas undergrounds como Avulsed, Vomitory, Disgorge, Flesh Grind, etc. Tratamos de no copiar a nadie en cuanto a sonido, de ser nosotros mismo, pero en realidad lo que nos interesa es componer lo que sentimos y tocar frente a nuestros seguidores. No estamos pensando en si sonamos como esa o aquella banda, lo importante para nosotros es lograr el mejor sonido posible en cada actuación o grabación y darlo todo en el concierto. Para Combat Noise, música y letras son importantes, pero éstas en una banda tienen que ir parejas con una actitud visible tanto encima como bajo el escenario. Para nosotros la banda es un arma de lucha y de resistencia frente a nuestros enemigos y la sociedad que nos rechaza.

05 – La banda ya ha tocado en importantes festivales cubanos. Díganos, en todos estos años, cuál fue la mejor presentación y cuenten como les fue.
JC - En cada provincia, salvo alguna rara excepción, hay un festival metálico anual de cuatro o tres noches, lo que propicia que este tipo de eventos se de una vez al mes en todo el país. Combat Noise participa en muchos de ellos. Hemos dado muchas presentaciones en las que hemos quedado satisfechos, otras han sido un desastre… por el sonido, o por borrachera de nosotros, sobre todo en los comienzos. Recuerdo una vez que fuimos a dar un concierto en una provincia del interior del país, el autobús nos recogió tarde y llegamos a la ciudad bien entrada la noche. Era llegar directo al escenario, pero pensamos que a esa hora ya el público debería de haberse marchado y estábamos todo tristes cuando el autobús dobló la esquina y la calle estaba repleta hasta donde daba la vista. “¡Guao! ¡Esto si es un público fiel!” Jejejeje, pero que decepción cuando nos enteramos que era semana de carnaval, la fiesta era por toda la calle y aquella multitud no sabía ni quien diablo éramos nosotros. Después se dio el concierto, en un lugar pequeño, con un audio de mala muerte, pero los treinta metaleros que allí estaban coreaban con el puño en alto: “¡Combat Noise! ¡Combat Noise!” y aquello fue lo máximo para nosotros que como siempre lo dimos todo en el escenario. Después nos fuimos a emborracharnos con los colegas. Noches como esas son las que nos hacen vibrar el corazón. Para nosotros todo sacrificio se hace pequeño cuando hay un público que reconoce nuestro trabajo.

06 – La banda ya ha tocado fuera de Cuba? Diga como les fue. Sé que para una banda salir de Cuba es un tanto difícil no?
JC - No, la banda no ha salido fuera de Cuba a tocar. Pero hay algo que contar: En 1998 llegaron a la isla tres finlandeses de la escuela de Cine y Televisión de Turku, que estaban buscando bandas de música alternativa para hacer un documental. Escogieron cinco agrupaciones (la única que era de metal era la nuestra) y todas exigieron dinero por el trabajo. Los finlandeses explicaron que eran estudiantes, que podían pagar algo de sus bolsillos, pero no la cantidad que pedía cada grupo. Nosotros les dijimos que no tenían que pagarnos nada, que lo hacíamos por una copia del trabajo, que así de paso practicábamos el inglés… y así fue. Al final, los finlandeses hicieron el documental solo con Combat Noise y lo titularon como una de las canciones de nuestra banda: “Come from Underground”. Unos meses después nos invitaron a Finlandia al Colo y a mi. Allí nos consiguieron entrevistas en la radio de Helsinki y que grabáramos el single “Soldiers must like to Kill”. También, como no recordarlo, fue la primera vez que vimos en vivo bandas no cubanas de Metal: Impaled Nazarene, Gorgoroth, Children of Bodom, Barathrum, Covenant, etc. Así mismo, como lo escuchas, el Colo y yo estamos entre los tres o cuatro metaleros que vivimos en Cuba, y que hemos tenido la fortuna de salir, ver y regresar. Pero esas oportunidades que no se dan mucho. Los cubanos no tenemos dinero para pagar un boleto de avión, menos para después pagar hotel, comida y transporte. En nuestro país no circula el dólar y los salarios más altos equivalen a 20 o 25 dólares al mes. El Estado no es el que niega las visas, son las embajadas de los países que nos tratan como posibles emigrantes, además de que nuestros amigos en el exterior no son millonarios, jejjeee, por lo que no pueden invitar a la banda bajo esas condiciones. Por eso las agrupaciones cubanas nos concentramos en tocar y hacer Demos para movernos en el undeground nacional.

07 – Con relación a bandas, festivales, studios, equipamentos, medios de divulgación, en fin… hablenos acerca de la escena de tu ciudád y país. Cuando se empezó a fortalecer una verdadera escena alla y como era?
JC - A finales de los años 80 surgió un lugar en la capital que se llamó “El Patio de María” y que se convirtió en el primer bastión metálico de la isla. Su directora, María Gattorno, defendió ese espacio hasta que el Estado lo cerró en Agosto del 2003. Mentes obtusas y conservadoras se preocuparon al ver a cientos de headbangers de negro y con largas melenas en las noches de jueves a domingo. Aquel fue un duro golpe para la escena, cada banda que se respetaba tenía que al menos dar un concierto en aquel lugar, que era una especie de Meca para el Metal en la isla. María era como la madre de todos nosotros… En el lugar ensayaban siete bandas y tenía dos escenarios: uno techado con capacidad para 200 personas y uno al aire libre para 700. En todas las provincias hay una Asociación de músicos aficionados que patrocina el estado (AHS) y allí la presión que hicimos los metaleros fue tan fuerte y tan lúcida, que logramos, después de varias entrevistas con el Ministro de Cultura (que fue rockero en su época y todavía tiene su pelo largo) lograr la creación de “La Agencia cubana de Rock y Metal” a la que me refería. La Agencia tiene un tremendo módulo de audio con sus técnicos, buenos monitores, luces, etc y todos sus trabajadores cobran un salario y son metaleros. La institución tiene una revista a colores que ya se está editando, con una buena tirada que se va a vender a un precio asequible por todo el país. Ahora se pelea para que nos den un estudio y acceso a Internet. Este último en Cuba está muy limitado –debido al bloqueo yanqui, el precio para la conexión satelital es casi diez veces mayor que para cualquier otro país, por eso Cuba tiene que priorizar otros sectores como la salud, la educación etc.--- Mientras tanto, las grabaciones se hacen en estudios caseros y no salen con calidad para competir a nivel internacional. En la isla no hay tiendas donde adquirir t-shirts, CD´s o DVD’s metálicos o rockeros. La música del exterior que cae en La Habana, por amistades o extranjeros que visitan la isla, la llevamos a las provincias para dárselas a nuestros contactos y recoger allí la que tienen ellos. Cada contacto se encarga de diseminarlas en sus respectivas provincias o municipios, es la única forma de mantenernos semi-actualizados. No hay forma de hacer los t-shirts de forma independiente y que tengan calidad, por eso todos son importados y vendidos en el mercado negro y cuestan el equivalente de diez a quince dólares; así que imagínate como hay que ahorrar para comprar uno. Con respecto a la cantidad de bandas, soy de la opinión que ha crecido cuantitativa y cualitativamente con respecto a la década de los noventa, pero hay otros que dicen que no. Claro, lo que pasa es que las bandas de Rock, alternativo, punk, Hard Core, progresivo, etc. han disminuido en comparación con el incremento de las bandas metálicas que están bien representadas en casi todas sus vertientes.

08 – Uds han lanzado hasta el momento 8 Demos, siendo uno de ellos “After the war…The wrath continues” bajo el sello mexicano American Line Prod. Y ahora sé que están grabando su nuevo trabajo, que deberá salir en esa misma primera mitad del 2008. Diganos cuál es el trabajo de uds que más aprecían y hablanos de cada uno. Como los brasileños pueden conseguir y si hay como conseguir aún tales materiales.
JC - El “After the war…” es una compilación canciones de los primeros demos, que volvimos a grabar y que Joel Morales de American Line Productions nos va a sacar este año.http://www.alprods.net
http://www.myspace.com/americanlineprods
AMERICAN RADIO: http://www.alprods.net/radio.htm

El disco ya debería de haber salido al mercado, pero nuestro amigo tiene también otros compromisos atrasados. Joel nos ha ayudado mucho y tenemos confianza en él, así que no desesperamos.

09 – Cuales son las bandas brasileñas que conocen y cuáles más aprecias y apoyas?
JC -En realidad conocemos muy poco de la escena brasileña, solo a los archiconocidos Sepultura, Angra, Ratos da Porao… y bueno, la que más apoyamos es Krisiun. ¡Esa banda es un cañón!

10 – Sé que salieron en un compilatorio brasileño, lanzado por la Anaites Distro, del nordeste de mi país. Diga como está siendo la repercusión de este compilatorio allá en Cuba y como los fans están aceptando la noticia.
JC -Primero que todo darles las gracias a Hioderman Nunes Freitas por su generosidad para con nosotros. Esperamos algún día tener el placer de conocerlo personalmente y estrechar su mano. Sabemos que la escena metalera de la isla es completamente desconocida en el extranjero y los colegas foráneos se sorprenden cuando llegan de turistas a la isla y se topan con uno de nosotros en las calles de La Habana, después van a un concierto y no lo pueden creer. Todos piensan que Cuba es solo “mulatas, música salsa, tabaco y ron”, bueno, algo parecido pasaba con Brasil para el mundo antes de que Sepultura hiciera el “Beneath the Remains”. Como te debes haber dado cuenta, no conocemos mucho de la escena brasileña. Por eso pienso que el compilatorio “Fortaleza Metal Vol. IV” tiene una tremenda importancia para el underground de nuestra isla. En muy poco tiempo la escena nacional, al menos, conocerá de la existencia de bandas brasileras como Anax, Brutal Morticinio, Finitude, Tumullus, Efeito Nocivo, Katastrofy, Pompeia, Pubianus, Skull and Bones, Dark’s War, Amazonia, Lamina Rails y Sonata Sotunra. Hoy por hoy (19 de Marzo) no hemos recibido ninguna copia del compilatorio, por lo que estamos deseosos de escuchar el material y repartir entre nuestros amigos y seguidores.

11 – Como es para una banda tocar adentro de Cuba? Hay mucha discriminación o las personas apoyan? Creo que hay un buen apoyo, como en TV y programas de rádio, realmente es así?
JC - Actualmente el centro de la capital (donde vivimos los Combat Noise) hay conciertos de metal de Jueves a Domingo en lugares con capacidad que va de las 500 a las 2000 personas, depende del lugar donde se toque. A veces se llenan, a veces no, en dependencia de las bandas que toquen. Hay varios programas de radio que apoyan la escena y uno en TV que se llama “Cuerda Viva”. Este último sale todos los domingos de 6:00 pm a 7:00 pm y en él se promociona la escena underground cubana, lo mismo de hip hop, trova, jazz o metal. En cada programa aparecen 3 bandas, cada una con dos o tres canciones + entrevistas. También ponen un video internacional donde lo mismo sale Pantera, Deicide o Evanescence.

12 – Cuales las bandas cubanas que podrían recomendarnos a los brasileños?
JC - Las que más me gustan son: Congregation (Death Metal), Grinder Carnage (Death Grind), Teufel (Melodic Death and Gothic Metal), Ancestor (Extreme Black Metal), Jeffrey Dahmer (Brutal Death Gore), Unlight Domain (Extreme Black Metal), Demencia (Brutal Death), Mortuory (Porno Gore Grind), Mephisto (Black Metal), Tragedy (Epic Death Metal) y más…

13 – Cuéntanos los futuros planes de la banda. Lo que piensas para el futuro?
JC - Ahora mismo estamos grabando el CD “Frontline Offensive Force” para el sello francés radicado en Cuba: Brutal Beatdown Recs y que tiene 10 nuevos temas de puro death grind de guerra. Terminando la grabación, vamos a hacer un video-clip para la televisión con el tema “Immolation Command”. Este va a ser producido y dirigido por Roberto Chile y Bilko Cuervo, dos laureados realizadores cubanos. Por otro lado ya estamos confirmados para varios festivales nacionales y en proceso de crear nuestro propio festival (patrocinado por la Agencia de Rock y Metal) que tentativamente llevará por título “Zona de Combate 666”.

14 – Gracias a uds, Combat Noise, por el tiempo cedido a esta entrevista. Ahora el espacio es de uds para sus comentarios a los lectores brasileños y algo más que desean agregar. Hail Metal Cubano!!
JC - Bien, estamos muy contentos de haber entrado en contacto con la escena brasileña. Joel de American Line Prods me comentó que posiblemente sea la escena metalera más fuerte de Latinoamérica en la actualidad. A todo el que nos quiera escribir, aunque sea para mandar saludos, puede hacerlo a nuestra página en My space, o a noiseofcombat@gmail.com.También el que desee conocer más sobre la escena nacional puede conectarse con www.cuba-metal.com .Nuestra página es www.combatnoise.co.nr

Gracias a ti, mi hermano, ya sabes que eres bienvenido a CUBA!!!!!
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
In English:

01 - Greetings Combat Noise! First, thanks for the time given to us for this interview. Tell us how the idea came and when the band was formed.
JC - Before we begin, on behalf of all the extreme bands of The Island (Cuba), I salute the hordes dark and brutal from Brazil. Another thing, if you see my responses are a bit of the question, it's because I want readers to better understand beyond the context in which it moves our band. Well, the idea of making Combat Noise emerged around 1994, but it was not until August 1996 that gave our first show. Make a metal band in Cuba is very difficult, it is more difficult to maintain it yet, but at that time the greatest sacrifices were just collapse because the socialist camp and Cuba, a small country, poor and blocked by fucking USA, and remained alone free markets to advance its economy. The situation was very difficult and if we add to this that the State was interested only promote salsa and rumba in the national culture, and you can imagine how hard it was to get a decent guitar, strings, plates for the drums, amplifiers, etc. . But it is the underground, only for true warriors.

02 - As in several groups you also had changes in their line-up. Tell us what were the changes and what it have grown to the band. You think is better?
JC - From the first line stayed only three members: the guitar Colo., Alejandro in the Drums and myself, JC, in the voice. Four years ago, entered La China in the other guitar and Randy at the bass. Now it is easier, relatively, and although we are still fighting hard to survive as a band, we feel that we are at a good time, maybe the best. The State now supports more and a few months ago the Cuban Rock and Metal Agency, a body which promotes our scene and makes it possible to charge the bands for their work. I know it will seem strange, but until recently bands like Combat Noise, which sold a lot of tickets per concert, did not have the "right" to charge for their presentations and was touched by pure heart. Now we have been able to buy good guitars and have greatly improved the sound, but of course, we do not live for music.

03 - Who writes the lyrics and what is the theme and from where the inspiration comes when it comes to composing?
JC - The lyrics I do. The issue is fundamentally war and the inspiration comes from the various international conflicts of this type that have been taken and are taking place from the Second World War: Vietnam war, Angola (where Cuba lost its finest sons against the rascist regime of Apartheid), Bosnia, Afghanistan, Iraq, etc.. Combat Noise tries to show your lyrics and music with the horrors of war, the real reasons that cause and the terrible consequences for those people who are suffering. It also illustrated the psychology of the soldier in combat, their courage, their doubts and fears in extreme situations. We try to show people why western countries called "terrorists", they merely respond to the genocide who are subjected by imperialist countries like USA or Israel. We support the Satanic-Islamic Jihad against Christianity and the armed resistance of the Arab peoples. We call attention to fascism in Hitler's Germany and how those trends to continue taking force in Europe may lead the world into a new and final Holocaust. Cuba has always been in danger of invasion by the USA and we ready to take that step forward, but let the losing. Despite this, we like to read novels and stuff of war, we love films and serials of war, see the blood running, listen to the language of weapons, bombs explode in… hehehe, Thus we are: men and women, morbid and sick.

04 - What are your sound influences? That sound trying to do?
JC - We heard a lot of music. The Colo and I are Metalheads from 12 or 13 years, we left together since that time. We spent the entire time of Thrash in which Slayer, Sepultura, Kreator, Sodom, and so were our idols. Now we continue listening living legends like Cannibal Corpse, Morbid Angel or Napalm Death, but also others that have made great recently as Vader, or Behemoth Belphegor. The Extreme Black also far we like: Marduk, Emperor, Dark Funeral… to tell you, there are so many good bands in the world. Actually hear anything that is metal dark, brutal and real, as bands undergrounds Avulsed, Vomitory, Disgorge, Flesh Grind, etc.. We try not to copy anybody in terms of sound, to be ourselves, but in reality what we are interested in is composing what we feel and perform in front of our fans. We are not thinking of whether people like that or that band, the important thing for us is to achieve the best possible sound in each performance or recording and give it everything in the concert. To Combat Noise, music and lyrics are important, but they are a band that go hand in hand with an attitude both visible under and above the Stage. For us the band is a weapon of struggle and resistance against our enemies and the society that rejects us.

05 - The band has already played at major Cuban festivals. Tell us, in all these years, what was the best presentation and say as it was.
JC - At each province, except some rare exception, there is a metallic annual festival of four or three nights, which makes this kind of event is once a month throughout the country. Combat Noise participates in many of them. We have made many presentations in which we were satisfied, others have been a disaster… by the sound, or binge of us, especially in the beginning. I remember once we went to give a concert in a province in the country's interior, the bus we picked up late and arrived at the city late at night. It was straight to reach the scene, but we believe that at that time and the public should have been gone and we were all sad when the bus turned the corner and the street was filled far was in sight. "Wow! That if he is a loyal public! "hehehehe, but disappointment when we learned that there was a week of carnival, the party was across the street and that many did not know or who were devil us. After the concert was in a small place, with an audio bad death, but thirty metal there were coreaban with a fist held high: "Combat Noise! Combat Noise! "And that was as much for us as it always gave everything on stage. After we went drunk with the friends. Nights like these are what make us vibrate heart. For us all sacrifice is small when there is an public that recognizes our work.

06 - The band has already played outside Cuba? Say as was it. I know that for a band to leave from Cuba is somewhat difficult, not?
JC - No, the band has not left outside Cuba to play. But there is something to tell: In 1998 arrived on the island three Finns of the school of Film and Television from Turku, who were looking for alternative music bands to make a documentary. They chose five groups (the only one that was metal was ours) and all demanded money for the work. The Finns explained that they were students, they could pay something out of their own pockets, but not the amount requested each group. We told them that they did not have to pay anything, which we did for a copy of the work as well practiced passing the English… and so it was. In the end, the Finns made the film only with Combat Noise and titled as one of the songs in our band: "Come from Underground." A few months later we were invited to Finland to my already Colo. There we got interviews on the radio in Helsinki and that we record the single "Soldiers must like to Kill." Also, as not remember, it was the first time we saw live bands not Cuban Metal: Impaled Nazarene, Gorgoroth, Children of Bodom, Barathrum, Covenant, etc.. Likewise, as listeners, Colo. and I are among the three or four metal that we live in Cuba, and we have been fortunate to leave and return to see. But these opportunities are not given much. The Cubans have no money to pay for a plane ticket, then pay less for hotel, food and transportation. In our country does not circulate the dollar and higher wages equivalent to 20 or 25 dollars a month. The State is not denying visas are the embassies of the countries that we treated as potential migrants, as well as our friends abroad are not millionaires, hehehe therefore can not invite the band under such conditions. So Cuban groups we concentrate on playing and making Demos to move in our undeground.

07 - About bands, festivals, studios, equipment, media, so… say to we about the scene of your city and your country. When it began to strengthen a real scene and all as it was?
JC - In the late 80 emerged a place in the capital was called "El Patio de María" and that became the first Metal bastion of the island. Its director, María Gattorno, defended that space until the State closed it in August 2003. Obtuse and conservative minds concerned him when he saw hundreds of headbangers in black and with long hair at night from Thursday to Sunday. It was a serious blow to the scene, each band had to be respected at least give a concert at that place, which was a kind of Mecca for the Metal on the island. María was like the mother of us all… At the site tested seven bands and had two stages: one with closed with capacity for 200 people and an outdoor 700. In every province there is an association of amateur musicians who sponsored the state (AHS), and hence the pressure that we did the metal was so strong and lucid, we managed, after several interviews with the Minister of Culture (which was in his rocker time and still has his long hair) to make the creation of "Cuban Rock and Metal Agency" to which I referred. The Agency has a tremendous audio module with its technicians, good monitors, lights, etc. and all their employees are paid a salary and metal. The institution has a color magazine is already being edited, with a good run to be sold at an affordable price throughout the country. Now fighting to give us a studio and Internet access. The latter in Cuba is very limited because of the Yankee blockade, the price for the satellite connection is almost ten times higher than for any other country, that is why Cuba has to prioritize other sectors such as health, education etc. While .--- So recordings made in studies and not come up with homemade quality to compete internationally. On the island there are no stores where you can purchase t-shirts, DVD's CD'so or metal rockers. The music that falls outside in Havana, friends or foreigners who visit the island, we took the provinces to give it to our contacts and gather there to have them. Each contact is responsible for diseminarlas in their respective provinces or municipalities, is the only way to stay semi-current. There is no way to do t-shirts in an independent and having quality, which is why they are all imported and sold on the black market and cost the equivalent of ten to fifteen dollars; so I imagine I need to save to buy one. With regard to the number of bands, I believe he has grown up quantitatively and qualitatively with respect to the Nineties, but there are others who say no. Of course, what happens is that the bands of Rock, alternative, punk, Hard Core, progressive, and so on. Have decreased compared with the increase of metal bands that are well represented in almost every aspect.

08 - You have launched so far 8 Demos, one being "After the war… The wrath continues" under Mexican label American Line Prod. And now I know that they are recording their new work, which must released at the same first middle of 2008. Tell us what the work you over like and say to we about each. As Brazilians can achieve and how to achieve if there is still such Stuff.
JC - The "After the war…" is a compilation of songs of the first Demos, which we returned to record and Joel Morales of the American Line Productions, will be release this year yet. http://www.alprods.net
http://www.myspace.com/americanlineprods

AMERICAN RADIO:
http://www.alprods.net/radio.htm
The Album should have come on the market, but our friend also has other commitments overdue. Joel has helped us a lot and we have confidence in him, so do not despair.

09 - What are the Brazilian bands that they know and waht you more appreciate and support?
JC - In fact we know very little about the Brazilian scene, only the arch-known Sepultura, Angra, Ratos de Porão… and well, which is more support is Krisiun. That band is a cannon!

10 - I know that you out in a brazilian compilation, released by the Anaites Distro, from the northeast of my country. Say as is the impact of this compilation there in Cuba and how the fans are accepting the notice.
JC - First of all, thanks to Hioderman Nunes Freitas for their generosity toward us. We hope someday to have the pleasure of knowing him personally and strengthen to his hand. We know that the Metal scene of the island is completely unknown abroad and foreign colleagues are surprised when they get tourists to the island and encounter one of us in the streets of Havana after going to a concert and can not believe. All they think that Cuba is just "mulatto, salsa, tobacco and ron," Well, something similar happened with Brazil for the world before they make the "Beneath the Remains." As you must have noticed, we do not know much of the Brazilian scene. So I think the compilation "Fortaleza Metal Vol. IV "has a tremendous importance for the underground of our island. In a very short time the national scene, at least know of the existence of brazilian bands like Anax, Brutal Morticinio, Finitude, Tumullus, Harmful Effect, Katastrofy, Pompeii, Pubianus, Skull and Bones, Dark's War, Amazon, Lamina Rails and Sonata Soturna. Today (March 19) we have not received any copy of the compilation, and we are willing to listen to the Stuff and distribute among our friends and supporters.

11 - As for a band playing inside Cuba? There is a lot of discrimination or the people support? I think there is good support, as in TV and Radio Programs really it’s thus?
JC - Currently, the center of the city (where live Combat Noise) has Metal Shows from Thursday to Sunday in places with capacities ranging from 500 to 2000 people, it depends on where you tap. Sometimes fill, sometimes not, depending of the bands that play. Several radio programs that support the scene and one on TV is called "Cuerda Viva". The latter leaves every Sunday from 6:00 pm to 7:00 pm and it promotes the Cuban underground scene, as hip hop, trova, jazz or metal. In each program are 3 bands, each with two or three songs + interviews. Also put a international video, where the same play Pantera, Deicide or Evanescence.

12 - What Cuban bands that could recommend to the Brazilians?
JC - The bands that more I like are: Congregation (Death Metal), Grinder Carnage (Death Grind), Teufel (Melodic Death and Gothic Metal), Ancestor (Extreme Black Metal), Jeffrey Dahmer (Brutal Death Gore), Unlight Domain (Extreme Black Metal), Demencia (Brutal Death), Mortuory (Porno Gore Grind), Mephisto (Black Metal), Tragedy (Epic Death Metal) and more…

13 - Tell us about the future plans of the band. What you think for the future?
JC - Right now we are recording the CD "Frontline Offensive Force for the French label based in Cuba: Brutal Beatdown Recs and has 10 new tracks of pure Death/grind of war. Finishing the recording, we are going to make a video clip for television with the theme "Immolation Command." This will be produced and directed by Roberto Chile and Bilko Cuervo, two winners Cuban filmmakers. On the other hand we are already confirmed for several national festivals and in the process of creating our own festival (sponsored by the Cuban Rock and Metal Agency), which tentatively is titled "Zona de Combate 666" (Battle Zone 666).

14 - Thanks to you, Combat Noise, by the time assigned to this interview. Now space is of you for your comments to Brazilian readers and something else they want to add. Hail Cuban Metal!
JC - Well, we are very happy to have entered in contact with the Brazilian scene. Joel from American Line Prods told me that it may be the Metal Scene strongest in Latin- America at present. For anyone who wants to write to us, even to send greetings, can do to our website and Myspace, or noiseofcombat@gmail.com. Also who wants to know more about the national scene can connect with www.cuba-metal.com . Our site is www.combatnoise.co.nr

Thanks to you, my brother, you know that you are welcome to CUBA !!!!!



Nenhum comentário: