segunda-feira, 14 de abril de 2008

ENTREVISTA À MORBO - BLACK METAL - GUANTÁNAMO/CUBA

Em Português:

01 – Saudações Morbo! Em primeiro lugar, obrigado pelo tempo cedido a essa entrevista! Diga-nos de quem foi a idéia de formar a Morbo e como era a cena da tua cidade e província naquela época.

Saudações a você também, obrigado por nos fazer essa entrevista. A idéia de formar a MORBO foi do primeiro baixista e manager em 2003. A cena naquela época era péssima, em Guantánamo (província) haviam alguns rockers e aqui em Baracoa não chegavam a 10, e as pessoas alheias ao movimento nos viam como eram vistos os rockers em Cuba nos anos 70, como se fôssemos hereges da sociedade queimados numa fogueira de censura, o que nos levou a pôr o nome de MORBO.

02 – Sabemos que em Cuba tudo é mais difícil se tratando de economia, o que é refletido na cena, com altos preços de instrumentos, falta de Estúdios que apóiam, falta de lojas especializadas, poucos Selos e Distros a nível nacional e mais outros problemas e que por este motivo teriam vocês parado as atividades por um tempo. Conte-nos o que aconteceu e como aconteceu.
Sim, é assim mesmo, as gravadoras cubanas não se interessam pelo Rock n’ Roll, fazendo com que as bandas tenham que gravar por seus próprios meios. Os instrumentos são muito difíceis de conseguir, os nossos são super arcaicos, o guitarrista tem uma Musima da antiga Alemanha (GDR) e a bateria nem te falo. Deixe-me esclarecer que a banda não esteve parada realmente, somente tivemos um problema que acredito seja geral para muitas bandas, e é a falta de promoção, mais ainda para nós que somos do extremo mais oriental do país (sem cair no regionalismo, é um problema real), o que fez com que a Morbo desaparecesse da cena nacional, que o público pensasse que não existíamos, quando realmente seguíamos ativos e com muitos desejos de levar nossa música a todo o país.

03 – No início vocês faziam um som mais levado ao Death Metal, mas com uma mudança de Line-up também mudaram o som, que hoje é mais levado ao Black Metal. Conte-nos como se deram essas mudanças.
Morbo começou como uma banda de Death Metal, mas à medida que o projeto ia amadurecendo nos demos em conta de que poderíamos explorar mais as qualidades musicais de cada integrante, os quais temos influências de vários estilos dentro do Rock. Ao sofrer a perda de nosso primeiro baixista, decidimos, sem mudar o nome da banda, já que implicava começar do zero, enriquecer nossa música com recursos de outras tendências para evitar que nosso trabalho parecesse ao de outras bandas. Muitos dos que nos têm ouvido dizem que somos Black Metal, outros que somos Death Melódico, outros Death/Black, e escutar diferentes opiniões do público nos satisfaz muito, já que nos demonstram que o que fazemos é diferente, o que foi nosso objetivo desde o princípio, ao contrário de outras bandas que gostam que os comparem à bandas do exterior.

04 – Vocês gravaram em 2003 seu primeiro trabalho, “Infernal Prophecy” com a ajuda de amigos estrangeiros. Diga-nos como isso se deu e como ajudaram, e como foi a gravação. Acreditam que o resultado final foi satisfatório?
O gravamos nos estúdios EGREM de Santiago de Cuba, graças a uns frikies canadenses que conhecemos e nos ajudaram com o dinheiro. Não foi fácil, nos deu muito trabalho chegar a Santiago e só tínhamos uma semana para gravar, e apesar de que cobrem bastante não te garantem o Selo, Capa e nem a promoção e menos a qualidade do modelo que não foi boa.

05 – Como foi e como é a aceitação do público underground para com este trabalho até hoje? Algum selo estrangeiro se interessou pelo trabalho?
Ainda que o som não tenha sido o melhor que esperávamos, muitos gostaram. Um dos temas (Chaos) esteve entre os 10 primeiros em 2004 no finado programa “27 Minutos” da Rádio Progreso. He, he, he, bom... Selo estrangeiro, difícil, creio que com sua ajuda um dia estaremos melhor com isso.

06 – Em 2005 seu baixista e manager mudou para a Espanha e foi aí que a banda tomou uma direção mais ao Black Metal, não? O que a saída dele significou para vocês e como foi a busca por um novo baixista? Estão satisfeitos com o Line-up atual e qual é o Line-up atual?
Como eu te dizia antes, quando nosso baixista e manager mudou para a Espanha foi que realmente decidimos experimentar um novo som, aproveitando quando entrava outro músico na banda. Não foi nada fácil, em primeiro lugar porque foi ele quem formou a banda, nos conhecíamos bem e levávamos muito tempo trabalhando juntos, e segundo porque aqui é muito difícil encontrar músicos que gostem de Rock n’ Roll. Imagine que passaram 3 baixistas depois dele, nenhum profissional mas têm resolvido em seu momento. O Line-up atual é: Yumar (Vocal), Ruben (Lead Guitar), Zotter (Guitar), Juaco (Bass), Hindú (Drums).

07 – Li que em 2007 vocês lançariam uma Demo de 5 músicas chamada “The Kingdom of the Silence”. A banda lançou esse material? Se lançou como está sendo a repercussão do mesmo?
Na realidade começamos em 2007 a produção do mesmo, mas por inúmeros problemas que você deve imaginar, saiu em Abril de 2008. Conta com 5 músicas, com uma melhor qualidade sonora e esperamos que o público goste, já que como vês, acabou de sair do forno.

08 – Qual é a temática que a banda aborda e quem faz as letras? De onde vêm as influências da banda, tanto musical como liricamente?
Principalmente temas obscuros, vampirescos, relacionados com a literatura gótica. Trabalhamos em conjunto, ainda que um dê a idéia central e todos nós opinamos e assim compomos e fazemos o tema. Cada um de nós está influenciado em estilos diferentes e cada qual dá uma idéia de acordo com o que gosta e no final obtemos a morbidez como resultado.

09 – Como sempre pergunto a todas as bandas não-brasileiras, quais são as bandas brasileiras que vocês conhecem e quais as que mais respeitam? Conhecem algo sobre a cena brasileira?
Do Brasil conhecemos Sepultura, Soulfly e Angra, e respeitamos muito ao Sepultura e Angra.

10 – Vejo que em Cuba há uma união entre as bandas, o que afasta um tanto a dificuldade e faz uma cena mais sólida. Nos dê sua opinião sobre a cena de seu país e recomende-nos algumas bandas de sua área para que conheçamos mais.
Há união de certa forma, nem todas as bandas se dão bem, há muito regionalismo, tudo isso somado ao pouco apoio institucional ao gênero faz as coisas um pouco mais difíceis, mas apesar de tudo isso quase durante todo o ano são feitos festivais em diferentes províncias ao longo do país, já contamos com a Agência Cubana de Rock, que esperamos que apóie um pouco mais e consigam resolver alguns dos problemas que afetam ao Metal em Cuba, apesar de ter sido criada a pouco tempo. Recomendação: Não sei se conheces a Haborym Mastema, da terra de Omar Veja (Holguín) e tocam Black Metal.

11 – Quais são os futuros planos da banda e expectativas para o futuro? Pretendem um dia tocar fora de Cuba?
Seguir fazendo Rock n’ Roll, tocar em todos os lugares em que nos convidem e algum dia se for possível, tocar no exterior.

12 – Bom, o espaço é de vocês! Algo que desejem adicionar aos leitores brasileiros, etc. Obrigado a vocês por manter a chama da Obscura Arte viva e acesa aí em Cuba.
Saudações a todos os rockers brasileiros, muito obrigado a ti, foi a primeira entrevista que cedemos ao exterior, pela qual estamos muito satisfeitos que hajam pessoas interessadas no Metal cubano e que esperamos um dia levar nossa obscuridade à cena brasileira. Mantenham-se underground.

--------------------------------------------------------------------------------------------------
En Español:

01 – Saludos Morbo! En primer lugar, gracias por tu tiempo cedido a esta entrevista! Díganos de quién fue la idea de formar Morbo y como iba la escena de tu ciudad y tu provincia en aquellos tiempos.
Saludos a ti también, gracias por darnos esta entrevista. La idea de formar MORBO fue del primer bajista y director en el 2003. La escena por esos tiempos era pésima, en Guantánamo (provincia) habían algunos rockers y aquí en Baracoa no llegaban a 10, y las gentes ajenas al movimiento nos veían como se miraban a los rockers en Cuba en los 70, como si fuéramos herejes de la sociedad quemados en una hoguera de censura, lo que nos llevó a ponerle MORBO.

02 – Sabemos que en Cuba todo es más difícil en se tratando de economía, lo que es reflejado en la escena, con los altos precios de instrumentos, falta de studios que apoyan, falta de tiendas, pocos sellos y distribuidoras a nivel nacional y más otros problemas y que por esto motivo tenían uds parado a la banda por un tiempo. Cuéntanos lo que pasó y como pasó.
Si, es cierto eso, las discográficas cubanas no se interesan por la música rock por lo que las bandas tienen que grabar por sus propios medios. Los instrumentos son muy difícil de conseguir, los de nosotros son súper arcaicos, el guitarrista tiene una musima de la antigua Alemania (GDR) y el drum ni te digo. Déjame aclarar que la banda no estuvo parada en si, solo que tuvimos un problema que creo que es general para muchas bandas, y es la falta de promoción y más para nosotros que somos del extremo mas oriental del país (sin caer en regionalismo, es un problema real), lo que provocó que Morbo desapareciera de la escena nacional, que el público pensara que no existíamos, cuando realmente seguíamos activos y con muchos deseos de llevar nuestra música a todo el país

03 – En los comienzos uds hacían un sonido más al Death Metal, pero con un cambio de alienación también cambiaron el sonido más hacia el Black Metal. Cuéntanos como se dio a esos cambios.
Morbo comenzó como una banda de death metal pero a medida que el proyecto iba madurando nos dimos cuenta que podíamos explotar mas las cualidades musicales de cada integrante los cuales tenemos influencias de varios estilos del rock. Al sufrir la perdida de nuestro primer bajista nos decidimos sin cambiar el nombre del grupo, ya que implicaba comenzar de cero, enriquecer nuestra música con recursos de otras tendencias para evitar que nuestro trabajo se pareciera a otras bandas. Muchos de los que nos han escuchado dicen que hacemos Black metal, otros que death melódico, otros que death black, y escuchar diferentes opiniones del público nos complace mucho ya que nos demuestran que lo que hacemos es diferente, que fue nuestro objetivo desde el principio; al contrario de otras bandas que les gusta que los comparen con los grupos del exterior.

04 – Uds grabaron en 2003 su primer trabajo, “Infernal Prophecy” con la ayuda de amigos extranjeros. Díganos como se dio esto y como ayudaron, y como les fue la grabación. Creen que les fue satisfactorio el resultado final?
Lo grabamos en la EGREM de Santiago de Cuba, gracias a unos frikis canadienses que conocimos y nos ayudaron con el dinero. No fue fácil, nos costo bastante trabajo llegar hasta Santiago y solo teníamos una semana para grabar, y a pesar de que cobran bastante no te garantizan el sello, la portada, ni la promoción y menos la calidad de la maqueta que no fue buena.

05 – Como fue y como es la aceptación del público underground para con este trabajo hasta hoy? Algún sello extranjero se ha interesado por el trabajo?
Aunque el sonido no fue el mejor que esperábamos a muchos les gustó. Uno de los temas (Chaos) estuvo dentro de los 10 primeros en el 2004 en el fallecido programa “27 Minutos” de Radio Progreso. Je, je, je, bueno sello extranjero, difícil, creo que con tu ayuda a lo mejor un día.

06 – En el 2005 su bajista y director cambió a España y fue ahí que la banda tomó una dirección más al Black Metal no? Qué significó para uds la salida de el y como fue la búsqueda por un nuevo bajista? Están satisfechos con la alienación actual y cual es la alienación actual?
Como te decía antes, cuando el bajista y director nuestro cambio a España fue que realmente decidimos experimentar un nuevo sonido, aprovechando a la vez que entraba otro músico a la banda. No fue nada fácil en primer lugar porque él fue el que formó la banda, nos conocíamos bien y llevábamos tiempo trabajando juntos, en segundo porque aquí es muy difícil encontrar músicos que le guste el rock n´roll, imagínate que han pasado 3 bajistas mas, ninguno profesionales pero han resuelto en su momento. El line up actual es: Yumar (vocal), Ruben (lead Guitar), Zotter (Guitar), Juaco (bass), Hindú (drums).

07 – He leído que en el 2007 uds lanzarían un Demo de 5 temas llamado “The Kingdom of the Silence”. La banda ya lanzó ese material? Si lanzó como les está siendo la repercusión del mismo?
En realidad empezamos en el 2007 la producción del mismo, pero por miles de problemas que tú debes imaginarte, salió en abril del 2008. Cuenta con 5 tracks, con un mejor sonido y esperamos que les guste a los fans ya que como veras esta acabado de salir del horno.

08 – Cuál es la temática que la banda aborda y quién hace las líricas? De donde vienen las influencias de la banda, tanto musical como líricamente?
Principalmente temas oscuros, vampirescos, relacionados con la literatura gótica. Trabajamos en conjunto, aunque uno de la idea central todos opinamos y así vamos componiendo y sacando el tema. Cada uno de nosotros esta influenciado por estilos diferentes y cada cual aporta una idea de acuerdo a lo que le gusta y al final obtenemos la morbosidad como resultado.

09 – Como siempre pregunto a todas las bandas no-brasileñas, cuáles son las bandas brasileñas que conocen y cuáles las que más respetan? Conocen algo acerca de la escena brasileña?
De Brasil conocemos a Sepultura, Soulfly y Angra, y respetamos mucho a Sepultura y Angra.

10 – Veo que en Cuba hay una unión entre las bandas, lo que aparta un tanto la dificultad y hace una escena más sólida. Nos da su opinión acerca de la escena de tu país y recomendanos algunas bandas de su cercanía pa que conozcamos más.
Hay unión de cierta forma, no todas las bandas se llevan bien, hay mucho regionalismo, todo eso sumado al poco apoyo institucional del genero hace las cosas un poco mas difíciles, pero a pesar de todo eso casi durante todo el año se hacen festivales en diferentes provincias a lo largo de todo el país, ya contamos con la Agencia Cubana del Rock, que bueno esperamos que apoye un poco mas y logren resolver algunos de los problemas que afectan al metal en Cuba, a pesar de que se creó hace poco tiempo. Recomendación: no se si conoces a Haborym Mastema de la tierra de Omar Vega y tocan black metal.

11 – Cuáles son los futuros planes de la banda y expectativas para el futuro? Pretenden un día tocar afuera de Cuba?
Seguir haciendo rock n´roll, tocar en todas las plazas que nos inviten, y algún día si es posible tocar en el extranjero.

12 – Bueno, es espacio es de uds! Algo que deseen agregar a los lectores brasileños, etc. Gracias a uds por mantener la llama de la Oscura Arte viva y encendida alla en Cuba!!
Saludos a todos los rockers brasileños, muchas gracias a ti, ha sido la primera entrevista que cedemos para el extranjero por lo que estamos muy contentos que hayan personas interesadas en el metal cubano y esperamos un día llevar nuestra oscuridad a la escena brasileña. Manténganse underground.

Contactos:
Email:
carlops@toa.gtm.sld.cu
Roberto López # 63
% Roberto Reyes y Coroneles Galano
Baracoa
Guantánamo
Cuba
Cp: 97310




Nenhum comentário: